segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Limites

Endeusar cria uma problema, afasta algo de você, perde a medida humana e se torna algo nunca a ser superado.
Se esforçar sempre para a superação, seja o que for. Não existe ninguém inalcançável e sempre existe o seu próprio caminho, pavimentado por todos aqueles antes de você.

A próxima geração estica as fronteiras, queima as antigas ou cria algo novo, só depende da imaginação.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Realismo

Acho meio contraditório quando pessoas assistem um filme e dizem "Nossa, que viagem" "Té parece que é assim". Amigo, isso é um filme, não realidade, é algo fabricado, se tu quer realidade vá olha pela janela ou então se conforme com coisas não reais.

Acredito que o realismo tem que existir para servir um propósito, não ser real só porque é assim. O que não isenta de coisas 'não-reais' de serem inverossímeis. Toda realidade, mesmo que fabricada, possui regras próprias e é isso que dita que algo está harmônico, 'real' ou não.

Desenhar algo com um rigor fotográfico, fazer aquele pintura digna de Zeuxis, e não ter nenhuma intenção além do rigor verossímil, deixa a obra com cara de "Eu sou capaz de fazer isso", somente uma demonstração de técnica, sem conteúdo.

É óbvio que isso não é regra geral, existem trabalhos 'fotográficos' muito bons, mas ele sempre possuem aquele 'que' à mais, que os distingue de um mero exercício de habilidade.

Afinal de contas, porque os heróis em geral usam uniformes ridículos? Porque naquela realidade construída, aquilo funciona. Naquele plano bidimensional, tudo está orquestrado para que aquilo sirva para um fim comum, narrar uma história. Mesmo em trabalhos que se aproximam mais da nossa realidade como Supremos do Millar e do Hitch, ainda sim as formas se alinham de um jeito para que funcione, por mais reais que pareçam.

Tendo como exemplo trabalhos que as coisas são mais caricatas e irreais, dá para perceber como isso funciona, ou vá me dizer que tu não vai ler uma tira do Calvin, porque aquele moleque é cabeçudo demais e totalmente fora de proporção?

Mesmo os mestres das antigas, faziam 'erros' propositais, para dar maior ênfase em algo ou para deixar a obra mais harmônica, vide os quadros das banhistas do Ingres, tendo em mente que ele foi considerado um dos melhores desenheros da época.

No mais, cada criação possui sua regra, algumas mais reais, outras menos e mesmo não ter regra, ja é uma regra.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Prática

Existe aquele velho adágio: "A prática, leva a perfeição". Nada mais manjado falar isso, mas parece que algumas pessoas esquecem disso, querem tudo pronto, resultados primorosos sem o mínimo de esforço.

"A eu desenho melhor que isso" diz um incauto, questionando a habilidade de Picasso, não amigo, você não desenha melhor que isso, Picasso foi um monstro desenhando, ele com 13 anos mandava muito melhor que gente com mais de 50 e só porque aparentemente parece simples, não quer dizer que é. Tem gente que acha que mexer nessa área ligada a desenho, formas visuais em geral, é tudo muito fácil, não necessita treino, é só dá dois cliques, três rabiscos e VOILA temos uma nova OBRA-PRIMA. Balela isso, as coisas não nascem assim, sua proposta pode té ser algo aleatório, mas eu tenho certeza que as coisas realmente boas só sairão depois de muitas rodadas aleatórias, porque mesmo nesse processo é tua consciência que decide quando está bom e esse processo mesmo subconsciente necessita de treino para se ter a escolha mais acertada.

Um professor uma vez me disse que para se desenhar algo bem basta fazer 500 desenhos, sendo assim o 501 e um seria uma OBRA PRIMOROSA, então tá esperando o quê? Faça algo, pratique alguma porra e não fique sentado no quarto reclamando daqueles que conseguiram, pois isso é algo irritante e por deveras JUVENIL.

No mais para aqueles que sempre costuma dizer: "Ah, isso té eu faria" ou "Eu faço melhor", no primeiro, pode té ser que você seja capaz de fazer algo assim, mas a grande questão é que alguém teve a sacada e fez primeiro, no outro, é só fazer e deixar que toda a GLÓRIA recaia sobre seus ombros.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

3

- 3
- O quê?
- 3 vezes você veio aqui
- Sim
- E nenhuma delas você me notou
- Não te notei agora?
- Notou mesmo? O quê estou vestindo?
- Ahn...deixa eu ver...
- Não é assim tão difícil

(...)

- Desisto, não consigo entender eu te vejo, mas eu, eu...
- Você?
- Não consigo, não dá, parece que foge, toda vez que eu vou falar

(...)

- Por favor, me diga, como é, o que é? POR FAVOR!
- Me diga primeiro como você é
- Eu....eu sou.....eu era...
- Sim?
- Eu não sei, não sei como sou, como eu era, O QUE VOCÊ FEZ COMIGO?! ME DIGA, POR FAVOR!
- Fiz algo? Faz me rir, você nem me nota e pelo visto nem a si próprio você dispensa atenção.
- Eu...

(...)




Vermelho

Tenho um certo problema com pessoas "engajadas", elas sempre me parecem falsas demais. Toda esse aparato ideológico, todo esse discurso pronto sempre soa para mim algo muito fabricado sem reflexão nenhuma, ainda mais quando os indivíduos em questão tem menos de 30 anos.

Não consigo levar á sério alguém que odeia o Serra ou Lula, sem ao menos entender de política ou acompanhar o desenrolar da mesma. Pior mesmo é quando aparece aquele discurso famoso contra a burguesia, enquanto o o papai dá um carro, mesada e paga a moradia do suposto revolucionário.

Também me incomoda quando alguém se julga expert em algo, só porque leu duas frases e o resumo na wiki. Não amigo, conhecer alguma frase do Marx não te faz automaticamente revolucionário, nem usar aquele camiseta do Che, e citar Goethe, sinceramente te faz parecer antiquado e nem adianta chorar que as massas não entendem, porque aquilo que você acha que sabe é SUPERFICIAL, não adianta, não tem como possuir com conhecimento extenso e entender profundamente de algo sem ter experiência.

Sugiro pros revolucionários e pensadores, tentarem não levar tão à sério as coisas e olhar para si mesmos e enxergar o quão limitado é seu pensamento.

Seria excelente também perceber que a dita revolução não é algo que está para acontecer, ela é algo do dia-a-dia, então faça algo hoje que não seja usar uma camiseta vermelha e torcer para que sua barba cresça


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Falar mal

Eu admito, as vezes é legal falar mal só por falar mal. É divertido, irrita as pessoas, mas tudo não passa de uma brincadeira e é sempre importante nesses casos, ter em mente a sua própria estupidez ao julgar algo sem ao menos conhecer.

Mas quando tu faz isso e nem ao menos reconhecer que é uma estupidez, ae tu tá pedindo para ser enquadrado na categoria de VACILÃO SEM MORAL, com direito a perda automática de todo seu crédito nas ruas.

Muitas vezes esse tipo de comportamento, tá ligado com ser do contra, só para não seguir a maré. Eu sei, seguir a maré as vezes é uma merda (vide as fãs ardorosas dos vampiros que poderiam figurar na Sapucai) mas tenha em mente que dizer que não gosta dos Zumbis e não oferecer argumentos convicentes (por convicentes, leia-se algo como uma opnião com o mínimo de coerência e que não seja não gosto e pronto) te fará parecer um IMBECIL.

Enfim, a coerência não figura entre minhas qualidades, mas o ponto é: Existem coisas que voçê não gosta, por motivos primordias e cósmicos, mas ficar por ai espalhando a quatro ventos seu ódio, sem ao menos entender o que é o objeto a ser odiado, é uma atitude por deveras juvenil e todos nós sabemos que um dia os juvenis crescem e voçê sentirá vergonha, caso tenha feito isto.

Então, se isso já foi feito, pare um momento, reflita (no espelho e na massa cinzenta), peça perdão e siga em frente, ruma a maturidade e uma vida melhor




Vende-se

- Vende-se morte?
- Sim.

(...)

- Assim, morte mesmo.
- É, morte.

(..)

- Não se sente culpado por isso? Não acredita em Deus?
- E que isso tem a ver com vender morte?
- Ora, se não foi você que deu a vida então não tem direito de tirá-la
- Eu só vendo a morte, o que fazem com ela não é problema meu.

(...)

- Só morte mesmo, mais nada
- Só.
- E como você lucra com isso?
- Eu vendo, alguém paga, eu lucro.
- É por causa desse sistema captalista que o mundo está desse jeito.

(...)

- Escuta, tu parcela no cartão?

Paranóia

Vi domingo Paranoid Park do Gus Van Sant, gostei do filme, é algo que vale a pena ser visto, não que sua vida não possa continuar sem ele, mas se um dia puder ver, veja.

A narrativa é um pouco fragmentada, sempre indo e voltando e o uso da camera lenta estilo bullet time, pode perturbar os mais afoitos. mas acho que serve muito bem para o que ele tenta retratar no filme.

É um sentimento de tá sempre fora dos acontecimentos, como se nada o que ocorre fosse real, como se tudo fosse um sonho, é como quando algum tipo de fato brutal acontece com você e tu tem a sensação de que aquilo não passa de uma alucinação, um fato irreal ou um episódio da quinta dimensão.

Talvez algo que vale a menção é que pelo menos Van Sant não tenta analisar esse construto relativamente moderno que é a adolescência, simplesmente mostra o que é na sua visão sem julgamentos (aparentes ao menos)

enfim, veja
ou não.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Voltando

Para tirar o pó daqui.

Ultimamente (pode ser primeiramente, dependendo do ponto de vista) andei pensando (e sentando pensando) sobre como as atitudes das pessoas encontram meios de florescer, de acordo com a respectiva pláteia.
Isso não é mais nada do que uma generalização do conceito que indentidade é algo formado tanto culturalmente, quando socialmente, além de n fatores, mas o fato é o seguinte, sabe aquele jovem MALANDRO, portador de diversos apretechos tanto tecnológicos, quanto idumentárias criadas por conglomerados transnacionais, que gosta de se sentir especial quando sai para aquela BALADA, toda alegre e PIMPÃO, praticando aquilo que alguns consideram vazio, o chamado enlace momentaneo para fins de diversão biológica, vulgo PEGOU GERAL, seria considerado um zero a esquerda em tribos africanas, visto que o modelo preferencial de enlace por ele aspirado não é o padrão na tribo acima citada.
Toda essa enrolação sem sentido só para dizer que pegar uma gordinha, pode ser visto como apelação (apela, mas não zera) ou como algo louvável, basta ter a pláteia adequada.
Isto! se aplica a qualquer coisa, tudo que alguém faça ganhará um joinha campeão ou um pescotapa, dependerá da pláteia envolvida, então não se sinta um completo perdedor ao perceber que sua única glória na vida foi ter zerado street fighter II usando só uma das mãos, em algum lugar (cof Japão cof) você poderá ser coroado como um rei.